Estudos que demonstram um efeito positivo significativo dos Ómega-3
Introdução
A Sociedade Internacional de Nutrição Desportiva (ISSN) apresenta uma posição oficial sobre os efeitos da suplementação com ácidos gordos ómega-3 de cadeia longa (EPA e DHA) no desempenho físico, recuperação e saúde cerebral de atletas. Esta posição baseia-se numa revisão crítica da literatura científica disponível.
Metodologia
A ISSN conduziu uma revisão abrangente dos estudos existentes sobre a suplementação com ómega-3 em populações atléticas e saudáveis. A análise focou-se em aspectos como desempenho desportivo, recuperação muscular, função imunológica e saúde cerebral. Especial atenção foi dada à qualidade metodológica dos estudos incluídos na revisão.
Conclusão
A suplementação com ómega-3, particularmente EPA e DHA, apresenta benefícios claros para atletas, melhorando a resistência aeróbica, a força muscular quando combinada com treino de resistência, a recuperação após exercícios intensos, a função imunológica, a saúde cerebral e a qualidade do sono.
Introdução
A depressão maior (DM) é uma condição psiquiátrica complexa, frequentemente associada a neuroinflamação. Os ácidos gordos ómega-3 (AGPI n-3), particularmente o EPA e o DHA, têm sido estudados pelo seu potencial em modular processos inflamatórios no cérebro. Este artigo revisa evidências recentes sobre como os AGPI n-3 podem influenciar biomarcadores neuronais e padrões moleculares associados a danos (DAMPs) na DM.
Metodologia
Análise de evidências sobre os efeitos dos ómega-3 na ativação de células cerebrais, produção de mediadores inflamatórios e modulação de biomarcadores neurais em contextos relacionados com depressão.
Conclusão
Os autores concluem que os ómega-3 têm potencial terapêutico ao reduzir a inflamação neurogénica e modular biomarcadores associados à depressão.
Introdução
O estudo procurou avaliar se os níveis de ácido gordo ómega‑3 docosahexaenoico (DHA) nas membranas das células vermelhas do sangue estão relacionados com a gravidade da apneia obstrutiva do sono (AOS). Os autores sugerem que o DHA, conhecido pelos seus efeitos anti-inflamatórios, pode influenciar os mecanismos envolvidos na AOS.
Metodologia
Foram medidos os níveis de DHA nas membranas das células vermelhas do sangue de pacientes com AOS e correlacionados com a gravidade da doença, determinada por parâmetros clínicos e estudos do sono. A análise procurou identificar associações entre os níveis de DHA e os indicadores de gravidade da AOS.
Conclusão
O estudo mostrou que níveis mais elevados de DHA nas membranas das células vermelhas estão associados a uma menor gravidade da AOS, sugerindo um efeito protetor deste ácido gordo. Os autores recomendam que futuras pesquisas investiguem o potencial da suplementação com DHA como intervenção para melhorar a condição em pacientes com AOS.
Cetin I, Carlson SE, Burden C, et al. Omega-3 fatty acid supply in pregnancy for risk reduction of preterm and early preterm birth. Am J Obstet Gynecol MFM. 2024;6(2):101251. doi:10.1016/j.ajogmf.2023.101251.
Introdução
A deficiência de ácidos gordos ómega‑3, especialmente DHA, está associada a um maior risco de parto prematuro. O estudo apresenta recomendações para suplementação durante a gravidez, visando reduzir este risco.
Metodologia
Foi realizada uma revisão de ensaios clínicos randomizados e análise das evidências existentes, com recomendações validadas por especialistas internacionais em obstetrícia e ginecologia.
Conclusão
A suplementação com DHA (e opcionalmente EPA) durante a gravidez reduz significativamente o risco de parto prematuro. A ingestão recomendada é de 600–1000 mg/dia para mulheres com baixos níveis de DHA, iniciando preferencialmente antes das 20 semanas de gestação e continuando até perto do parto. O estudo reforça a importância de identificar mulheres com ingestão insuficiente para otimizar os desfechos obstétricos.